Ouro Preto e Mariana em 4 Dias: História, Arte e Gastronomia Mineira

Visitar Ouro Preto e Mariana é fazer uma verdadeira viagem no tempo. Essas duas cidades históricas de Minas Gerais, separadas por apenas 12 km, guardam um patrimônio cultural e arquitetônico que remonta ao auge do ciclo do ouro no Brasil, no século XVIII. Além da riqueza histórica, o visitante encontra gastronomia típica, arte barroca, igrejas monumentais, museus e paisagens montanhosas de tirar o fôlego.

Seja para um feriado prolongado, lua de mel ou viagem cultural, 4 dias são suficientes para mergulhar na história e aproveitar o melhor que essas cidades oferecem. Neste guia, você encontrará dicas detalhadas de roteiros diários, sugestões de hospedagem, restaurantes, valores médios e informações úteis para planejar sua viagem com tranquilidade e segurança. Prepare-se para conhecer um destino que é Patrimônio Cultural da Humanidade e que encanta brasileiros e estrangeiros.

Dia 1 – Chegada e Primeiros Encantos de Ouro Preto

Chegando à cidade

A melhor forma de chegar a Ouro Preto é partindo de Belo Horizonte, distante cerca de 100 km. O trajeto de carro leva aproximadamente 2 horas, mas também é possível ir de ônibus a partir da rodoviária da capital mineira. O preço da passagem de ônibus em 2025 varia entre R$ 35 e R$ 50.

Se possível, chegue antes do meio-dia para aproveitar ao máximo o primeiro dia.

Check-in e acomodação

Ouro Preto conta com hospedagens charmosas que preservam a arquitetura colonial. Algumas opções recomendadas:

  • Hotel Solar do Rosário – conforto e vista privilegiada do centro histórico, diárias a partir de R$ 450.
  • Pousada Clássica – bom custo-benefício, com diárias entre R$ 250 e R$ 300.
  • Hostel Goiabada com Queijo – opção econômica para mochileiros, com diárias em torno de R$ 90.

Passeio inicial pelo centro histórico

Comece explorando a Praça Tiradentes, coração da cidade e ponto de partida para várias atrações. Ali, você verá o Museu da Inconfidência, que guarda documentos, obras e objetos ligados à história da Inconfidência Mineira. A entrada custa em média R$ 20.

Caminhe pelas ruas de pedra, admirando os casarões coloniais, ateliês de arte e lojinhas de artesanato. Não deixe de visitar a Igreja de São Francisco de Assis, obra-prima de Aleijadinho e Mestre Ataíde.

Jantar típico

Para a primeira noite, experimente um jantar no Restaurante Bené da Flauta, famoso pela comida mineira com toques contemporâneos. Pratos individuais custam a partir de R$ 55.

Dia 2 – Igrejas, Museus e Gastronomia Mineira

Manhã de arte e história

Inicie o dia na Igreja de Nossa Senhora do Pilar, uma das mais ricas em ornamentação do Brasil, com mais de 400 kg de ouro em sua decoração interna. Ingresso médio: R$ 10.

Em seguida, visite a Mina do Chico Rei, onde é possível conhecer os túneis utilizados na extração de ouro no período colonial. Entrada: R$ 20.

Almoço com sabor caseiro

Uma boa pedida é o Restaurante Contos de Réis, com buffet self-service a preço fixo (média de R$ 45 por pessoa) e ambiente aconchegante.

Tarde cultural

Visite o Museu do Aleijadinho, localizado na Igreja de Nossa Senhora da Conceição. O acervo reúne esculturas, ferramentas e documentos do artista. Entrada: R$ 15.

Para fechar a tarde, caminhe até o Mirante Morro São Sebastião e aprecie a vista panorâmica da cidade.

Noite com música ao vivo

O bar Casa de Gonzaga oferece música ao vivo e petiscos típicos, como torresmo e feijão-tropeiro.

Dia 3 – Passeio em Mariana

Como chegar

Pegue o trem turístico que liga Ouro Preto a Mariana, operado pela Vale. O percurso de 18 km dura cerca de 1 hora e oferece vistas belíssimas. Preço do bilhete em 2025: a partir de R$ 90 (classe econômica).

Centro histórico de Mariana

Na chegada, visite a Praça Minas Gerais, ladeada por duas igrejas imponentes: São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo. Ambas são exemplos impressionantes da arte barroca mineira.

Conheça também a Catedral da Sé, que guarda um órgão do século XVIII, ainda em funcionamento.

Almoço em Mariana

O Restaurante Lua Cheia é bastante recomendado, com pratos típicos como frango com quiabo e angu (média de R$ 45 por pessoa).

Minas e museus

Visite a Mina da Passagem, a maior mina de ouro aberta à visitação no mundo. O passeio inclui descida de trole e custa em média R$ 140.

Retorno a Ouro Preto

De volta à noite, aproveite para jantar na O Passo Pizza Jazz, que combina boa comida e música ambiente.

Dia 4 – Compras, cultura e despedida

Manhã de artesanato

Reserve o último dia para visitar as feirinhas e lojas de artesanato, como a Feira de Pedra Sabão, ao lado da Igreja de São Francisco. É o local perfeito para comprar lembranças como panelas, esculturas e peças de decoração.

Últimas visitas

Se o tempo permitir, passe na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, uma das mais belas e diferentes arquitetonicamente, construída pelos escravizados.

Almoço de despedida

Finalize com um almoço no Chafariz Restaurante, que serve pratos mineiros fartos a preços justos (média de R$ 40).

Dicas Práticas para Sua Viagem

Melhor época para visitar

O clima é mais seco entre abril e setembro, ideal para caminhadas pelas ladeiras históricas. Feriados prolongados atraem mais turistas, então reserve hospedagem com antecedência.

O que levar

  • Calçados confortáveis para caminhar nas ruas de pedra
  • Casaco leve (mesmo no verão, as noites podem ser frias)
  • Protetor solar e chapéu para os passeios diurnos

Gastos médios por pessoa (4 dias)

  • Hospedagem: R$ 400 a R$ 1.600 (dependendo da categoria)
  • Alimentação: R$ 200 a R$ 500
  • Passeios e ingressos: R$ 150 a R$ 400
  • Transporte: R$ 70 a R$ 300

Conclusão

Conhecer Ouro Preto e Mariana em 4 dias é mergulhar na essência da história e cultura brasileiras. Entre igrejas barrocas, museus, minas de ouro e a deliciosa comida mineira, cada momento reserva descobertas e encantos. Planejando bem o roteiro e equilibrando passeios pagos e gratuitos, é possível aproveitar intensamente sem gastar demais.

Essas cidades oferecem mais do que turismo: elas contam histórias, despertam sentimentos e deixam lembranças duradouras. Então, organize sua viagem, prepare a câmera e permita-se viver uma das experiências culturais mais ricas do Brasil.

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